domingo, 9 de dezembro de 2012

Atelophobia é o nome dado ao medo de não ser suficiente bom. Poderia muito bem ser meu nome também, com  endereço e local marcado. Um "X" tatuado bem no meio da minha testa cairia bem. Assim, talvez as pessoas já estariam avisadas antes de se aproximarem de mim e evitariam expectativas. Decepções. Evitariam me amar.
Caramba, me amar, tá aí coisa difícil! Eu me limito. Não me entrego. Não boto corpo e alma. Ninguém me vê como eu realmente sou. Eu sei - infelizmente - que se a pessoa me conhecer transparente, não aguentaria. É tanta informação e dor junto que, às vezes, até eu não acredito que caiba tudo isso numa bagagem média de 16 anos.
Antes de me conhecer, saiba: Sou a pessoa mais insegura da face da terra. Então, não estranhe se eu voltar três vezes para ver se tranquei direito a porta de casa, se o portão tá com o cadeado e que meu coração tá blindado. Não repara se tiver dias que eu não sei o que falar, mas (por favor!) tenta falar comigo, não me deixa não. Não desiste de mim. O que eu guardo aqui dentro, bem escondido, é grande. 
Por isso, não estranhe se eu lhe perguntar diversas vezes no mesmo dia se você ainda gosta de mim. Sempre fui assim, sempre precisei reafirmar minhas certezas.